quinta-feira, 5 de julho de 2012

ONDE CHEGA A TERAPIA CRANIOSACRAL?

Observe, na figura abaixo, algumas das estruturas do sistema nervoso central que são influenciadas pela Terapia CranioSacral. Imagine os inúmeros efeitos possíveis desta terapia... Eu mesma estou com quase um grau a menos de miopia com alguns meses de tratamento!


A imagem acima, e o texto a seguir, são de Leon Chaitow, e a tradução é de Márcio Moraes:

"Tenho recolhido material para uma revisão sobre a qual estou trabalhando e me deparei com o seguinte Prefácio que escrevi em 2008 para o meu livro sobre manipulação craniana (no momento infelizmente fora de impressão devido ao racionamento das despesas de estoque da Elsevier...!!!). Achei que valeria a pena postar como um exemplo dos debates e argumentos que emergem no mundo da terapia manual quando diferentes visões são dadas para um mesmo fenômeno: 

'Quando você palpa uma área sensível e tensa, você pode realmente localizar áreas que apresentam diferenças em relação aos tecidos à sua volta, incluindo, talvez, alteração de tônus, sensibilidade e textura. A pressão aplicada a tal área deveria ter uma quantidade de efeitos previsíveis, entre eles: compressão de mecanorreceptores – induzindo mudanças na percepção da dor por meio do mecanismo de comporta; liberação de endorfinas analgésicas locais e, possivelmente, encefalinas cerebrais; criação de um efeito de isquemia local que permitiria um afluxo de sangue oxigenado fresco ao retirar a pressão; e um estiramento mecânico dos tecidos sob pressão. Em outras palavras, do ponto de vista da medicina ocidental haveriam efeitos neurológicos, endócrinos, circulatórios e mecânicos, em resposta à aplicação de pressão. Agora, se virtualmente a mesma pressão for aplicada por alguém treinado em métodos da Medicina Tradicional Chinesa, como o Shiatsu (acupressão), aconteceriam exatamente as mesmas influências; porém, as explicações oriundas da MTC envolveriam o movimento ou obstrução de energia (chi). Qual destas explicações está correta? É neurológico, movimento de fluídos, estiramento, mudanças hormonais ou movimento de energia? Ou é tudo isto e, possivelmente, algumas outras ainda desconhecidas? Traga isto para o plano do tratamento craniano e podemos ver que, embora o modelo, a história, a explicação, podem ser diferentes, o efeito do tratamento craniano aplicado pode ser exatamente o mesmo, independente se a explicação dos terapeutas para os mecanismos subjacentes envolve um conceito fluído-elétrico/energético ou biomecânico e de liberação fascial.'

 ... E o que eu penso hoje? Cada vez mais minha ideia é de que forças compressivas leves e sustentadas – como aquelas utilizadas em técnicas como CV4 – estão influenciando estruturas fasciais tais como estas demonstradas na figura abaixo... e através deste processo possivelmente afetando o fluído craniossacral e as funções circulatórias e/ou neurológicas gerais... Quem sabe?"